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SALVADOR DALÍ

Um pintor surrealista muito característico é o espanhol Salvador Dalí. Entre outros, apercebeu-se de que para que as visões oníricas possam ser comunicáveis ao espectador e tornar-se legíveis, convém representá- las o mais explìcitamente possível, com um máximo de meios pictóricos. Desenvolveu, portanto, uma técnica descritiva comparável à dos pequenos mestres holandeses do século XVII, que conferiam uma realidade completa a todas as texturas e pormenores de cada objecto ou personagem. Inicialmente os seus temas foram associações de imagens e de símbolos delirantes ou de pesadelos, ainda com certa desordem. Em breve comporá e organizará cuidadosamente cenas estranhas e alucinantes, pintadas com uma minúncia muito realista.

A Pesistência da Memória dá uma ideia disso. O tema desta obra é a relatividade, a elasticidade e a destrutibilidade do tempo. Descreve meticulosamente uma série de formas e de texturas: à esquerda uma plataforma suporta um tronco de àrvore morta; mais atrás, uma superfície plana semelhante a uma laje de pedra; no centro, uma criatura amorfa, monstruosa e mole; o fundo nebuloso e vago está limitado à direita por rochedos corroídos. Por fim, três ou quatro relógios que formam o motivo principal jazem molemente sobre os objectos, enquanto sobre o que está mais à esquerda correm formigas. Estes relógios têm uma relação psicológica inquietante com a profundidade ilimitada do espaço e a erosão das falésias. As cores são muito transparentes. O desenho é de uma grande precisão. Embora esta tela seja, de acordo com as concepções surrealistas , a representação real de objectos irreais, não é de maneira alguma realista, quanto mais não seja pelo aspecto estático das coisas, e pela luz fria e estranha que as banha. Os objectos têm entre si relações associativas e enigmáticas, tal como em certos sonhos.

Um exemplo mais recente e talvez ainda mais característico da arte daliniana é A Tentação de Santo António. Dalí renovou a concepção deste velho tema já tratado por Hieronymous Bosh fazendo desfilar, diante de Santo António que se volta, um extraordinário cortejo de elefantes montados sobre intermináveis patas de aranhas. O espaço ilimitado compõe-se dum céu pálido e duma praia deserta.
Este quadro é evidentemente de inpiração freudiana, mas o sonho está aqui organizado e "encenado" por um espírito altamente visionário. O carácter onírico desta tela manifesta-se em especial na passagem duma forma tangível a outra para formar uma imagem compósita diferente. Este género de transposição visual e de constante metamorfose, todos o conhecemos do sonho. Esta composição torna-se ainda mais inquietante pelo facto de cada pormenor ser muito mais preciso e muito real, e combinar-se em desorientadoras associações mentais. Como em toda a obra de Dalí, a paleta é rica e clara.

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