Fillipo Tommaso Marinetti

O futurismo, movimento estético surgido no início do século XX em oposição às fórmulas tradicionais e acadêmicas, teve no escritor italiano Filippo Tommaso Marinetti seu fundador e principal teórico.

Marinetti nasceu em 22 de dezembro de 1876 em Alexandria, Egito. Estudou em seu país e depois na Itália, Suíça e França, onde viveu muito tempo. Em 20 de fevereiro de 1909 publicou no jornal Le Figaro, de Paris, o primeiro manifesto futurista, em que expunha a necessidade de abandonar as velhas fórmulas e criar uma arte livre e anárquica, capaz de expressar o dinamismo e a energia da moderna sociedade industrial. As idéias de Marinetti foram adotadas por artistas como Umberto Boccioni, Giacomo Balla e Gino Severini, que em 1910 publicaram seu próprio manifesto.

A obra teatral Le Roi bombance (1909; O rei pândego) e o romance Mafarka le futuriste (1910; Mafarka o futurista), ambos em francês, constituíram a expressão literária das teorias de Marinetti, modeladas na estrutura caótica da trama e no emprego de livres associações lingüísticas. Em Guerra sola igiene del mondo (1915; Guerra, única higiene do mundo), defendeu a intervenção italiana na primeira guerra mundial. Tornou-se ativo militante fascista e, em Futurismo e fascismo (1924), chegou a afirmar que a ideologia fascista representava uma extensão natural das idéias futuristas. Marinetti morreu em Bellagio, Itália, em 2 de dezembro de 1944.