Umberto Boccioni

Sob a influência de Marinetti, Boccioni propôs a força e a velocidade como temas inseparáveis da arte da era industrial, tornando-se um dos teóricos do futurismo. Na mesma linha, propôs que a escultura incorporasse materiais como o cimento, o vidro e os produtos têxteis.

Umberto Boccioni nasceu em Reggio di Calabria em 19 de outubro de 1882. De 1898 a 1902 pintou à maneira dos pontilhistas. Em 1907 fixou-se em Milão e identificou-se com as idéias do poeta Marinetti, que dois anos depois lançou o futurismo como movimento literário. O grupo pretendia fortalecer a sociedade italiana através de uma pregação patriótica que incluía a aceitação e exaltação da tecnologia.

Boccioni assumiu posição de liderança na expressão plástica do futurismo. Em 1910, ele e outros colegas publicaram o "Manifesto técnico dos pintores futuristas", seguido pelo "Manifesto da escultura futurista", de 1912. Entre esses dois momentos, os futuristas se voltaram para as realizações de vanguarda de artistas de Paris. As experiências do cubismo analítico, por Picasso e Braque, refletem-se em certas obras de Boccioni, cujo objetivo era apelar para as emoções do espectador e não para o intelecto.

Alguns de seus melhores trabalhos estão no Museu de Arte Moderna de Nova York. O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo possui uma importante obra sua, "Desenvolvimento de uma garrafa no espaço", de 1912. Umberto Boccioni morreu de uma queda de cavalo, na primeira guerra mundial, em Verona, em 16 de agosto de 1916.