Carlos Carrà

A pintura de Carrà, comprometida com a estética futurista e depois com a escola metafísica de De Chirico, exerceu grande influência sobre os artistas italianos, sobretudo nas décadas de 1920 e 1930.

Carlos Carrà nasceu em Quargnento, no Piemonte, em 11 de fevereiro de 1881. Em grande parte autodidata, ligou-se em 1909 aos futuristas Marinetti e Boccioni. Sua obra "O funeral do anarquista Galli" (1911) exemplifica o dinamismo típico do futurismo, enquanto "A galeria de Milão" (1912), representativa de suas tendências mais pessoais, denota preferência por formas monumentais e harmoniosas.

Durante a primeira guerra mundial, Carrà adotou um realismo altamente simplificado, com o qual tentou recuperar algo da solidez da pintura medieval de Giotto. Esse novo estilo cristalizou-se em 1917, quando Carrà conheceu De Chirico, que o estimulou a incluir elementos da vida cotidiana em sua temática. Para definir essa opção, ambos usaram o termo pintura metafísica. Carrà rompeu com De Chirico e a pintura metafísica em 1918. Nas décadas de 1920 e 1930, pintou melancólicas obras figurativas baseadas no realismo de Mesaccio. Faleceu em Milão em 13 de abril de 1966.